Estrada longa

À sombra de algo cativo
Procuro em meio a pensamentos
Escolhas tortas para problemas certos
Imaginando pequenas falhas
Perpetuadas na malha do destino

Monstros criados por mim
Exibem o real valor dos sentimentos
Que carrego em meu coração
Culpa, vergonha, resentimento
A alma doente sintetizando
Exponenciando minhas atitudes
Varrendo o passado
Caçando vestígios para terminar a trilha

Desesperado, colhendo frutos podres
Fico sentado, em estado relaxado
Sempre existirá o conforto do esquecimento
Porém a alma recuse
Acusações são necessárias
Assim me mantenho na trilha

O tempo esgotará
Ainda estarei aqui
A trilha pode ser comprida
Pelo caminho da culpa
Vivendo a culpa
Sentindo vergonha
Esperando pelo resentimento

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