O homem vazio no escuro

Acorrentado ao nada
Preso no vazio de dias sem motivos
Numa vida sem propósito
Existência antimaterial
Buscando o sem sentido
Entendendo o ilógico
Calculando sobre átomos
Relevando sentimentos

Es a porta
Lá está o sábio
Na cabeça a pergunta
Coração cheio de um nada negro
Dúvidas, ânsias, indagações
Verbos sem ação
Por que e quando
Há respostas não ditas
Maldito conhecimento descabido
Sagrada Ignorância do medo

Dor apõe sobre o peito
Sem respostas, não há nada
Apenas mais um fracasso
Em meio a tantas vitórias perdidas
Culpado e humilhado se retira
Retornando ao caminho
No som do vazio, escuro
Tilintando as correntes

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